segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Paul na Globo!

Ontem foi o show do Paul. Tentei assistir na globo. O canal que faz o brasileiro enteder mais de globalização  do que qualquer outro povo do mundo. Mas a globo reduziu o show aos seus melhores momentos. Descontextualizados, os hits escolhidos pelo canal, fazia-os parecer macaqueação gratuita. Uma coisa é Obladi Obladá depois de uma série de mais de quinze músicas eletrizantes quando o público é pura curtição, outra, é apresentá-la logo na quinta ou quarta música. Depois de um Fantástico, que certamente já poderia mudar de nome para Inacreditável, interminável, que assistíamos para não perder o início da transmissão do show. O terceiro na fila em Abbey Road provavelmente nos redimiria com sua simpatia e o seu talento. Ao final de cada bloco, no qual revimos o noivado do prícipe da Inglaterra, uma pendenga a ser resolvida em ações judiciais, a vida fantástica dos bichos, e é claro: os gols do brasileirão, o bola cheia e o bola murcha...e tal, toda essa gororoba dominical que geralmetne se completa com um filme americano estrelado por Steven Seagal ou pelo Jackie Chan, que faz com que torçamos para que chegue logo a segunda-feira. Enquanto isso, quase nos sufocávamos pois sabíamos que já tinha começado o show. E o pior, de bloco em bloco, os apresentadores inacreditáveis anunciavam a transmissão do show, e nos brindavam com trechinhos do que acontecia no Morumbi ao vivo. Nenhum grande hit, o quinteto progredindo, fazendo o som. Depois de quinze segundos teríamos mais uma rodada de comerciais, em seguida o pior, mais um bloco do fantástico.

Depois de mais de uma hora de show em São Paulo, enfim o Brasil assistia ao início do show do Beatle. Colados na telinha brindávamos o fim do Fantástico e o início do show.

Contudo, a edição deu conta de transformar o espetáculo em mais um programinha da globo, e assim afora Helter Skelter e mais umas outras interessantes, que tentávamos entender fora de seus respectivos contextos, ficamos apenas com o óbvio. Não ouvimos a homenagem a George Harrison, em Something, tampouco a belíssima canção em homenagem à John Lennon, nem mesmo a psicodélica A day in the Life, do álbum Sgt. Peppers. Por outro lado, não faltaram as de sempre Yesterday, Let it Be, que tem lugar depois de duas horas de show e o público já em êxtase.

Fiquei sabendo que na Multishow foi a mesma coisa. Se até num canal pago foi assim...
Pensando bem, também a Multishow não poderia tirar a audiência do cada vez menos assistido programa inacreditável.

Queria saber onde é que eu denuncio essa propaganda enganosa, que há pelo menos três domingos anuncia a transmissão do show de Paul McCartney, e me vem com essa amostragem ridícula. Quem assina a Multishow então, teve que engolir mais essa.

Deus me livre de depender da Globo outra vez, no próximo show ou assisto in loco, ou senão, esperarei tranquilo o lançamento do DVD.




2 comentários:

  1. Fico na segunda opção. Assistir ao shou do velho e bom Paul em DVD.

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  2. Você penso que "Paul na Globo!" é um trocadilho direto para "Pau na Globo!"?

    Muito bom!
    Abraço
    Kdu.

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