quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Junim: dez anos depois

Outro dia foi seu aniversário. Apenas vinte e seis anos de vida...mas já são dez anos de música: dez anos  trabalhando como músico profissional. Trabalhando como músico popular e também como professor de música. Militante da música, Márcio Guelber é um músico de encher os olhos, tanto pela madureza precoce quanto pelo seu vigor. Desde novo está envolvido em projetos contundentes no cenário musical de Juiz de Fora: O Banco, Os Contadores de História e agora o Quinteto São do Matohttp://quintetosaodomato.com/.

Aos 16 anos já pegava umas pedreiras tocando com O Banco em Juiz de Fora. Onde, de irmão de um integrante ele ascendeu ao posto de percussionista e logo em seguida à condição de violão principal da banda. Nós, naquele tempo, nem ligávamos para a sua idade. Não lembrávamos que ele era tão novinho. Enquanto ele tinha 16 anos eu já deveria ter uns 22 e...você sabe como são as pessoas de 22 anos. Naquele tempo, tínhamos a idade da banda, éramos nossos contemporâneos, sonhávamos juntos. 

Ninguém sabe ao certo quando Márcio começou a tocar violão. Victor, seu irmão mais velho, não largava o instrumento, mas o que sabíamos sobre o seu irmão era que ele tinha deixado as aulinhas de piano e pronto. De uma hora para outra ele apareceu com um violão, tocando umas músicas suas, espécies de mantras do Tiguera. Desde cedo observamos o prodígio da mão direita, certeira, firme e muito ritmada. Márcio nunca foi muito de tirar músicas, e por isso compunha. Acho que no momento em que ele se decidiu pela música, a música comercial deixou de lhe chamar a atenção. Diante dos achados, a sua música era a que importava. 

Márcio que também gostava de escrever poemas logo começou a compor canções. Tive a honra e a alegria de dividir com ele alguns achados. Tocávamos muito juntos. Tocávamos, muito juntos. Tocávamos, Ríamos muito, depois de horas sem falar uma palavra. Trocávamos muitas ideias através de ritmos, notas e acordes. Enfim, posso dizer, vi-lo crescer. 

E muito me orgulho. Hoje ele é um músico sensacional, pandeirista e violonista dos melhores, acordeonista e percussionista em célere ascensão. Mesmo envolvido em projetos incríveis, mantém a mesma humildade de sempre, o mesmo jeito, o mesmo carácter. Mantém o sorriso de menino e a vontade de sonhar.  

De todos do Banco, não foram todos que escolheram ser músicos. Mas de alguma forma continuamos a sê-lo com ele(s), no som dele(s), como parte de um caminho musical. 

Vai Junim, vai pra gente, toma que o mundo é teu. 


p.s: Amanhã tem show de lançamento do primeiro CD do Quinteto São do Mato no CCBM - Centro Cultural Bernardo Mascarenhas às 20:00 hs. E depois no Muzik tem a festa de lançamento do mesmo com a presença do grupo de música instrumental brasileira Peneirando Água

Abraços.

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