"...Eu sei, criança, eu sei...", "...meu bem, eu tô quase lá...".
Marina era das coisas mais interessantes que se ouvia nas rádios comercias do Brasil nos anos oitenta. Nova MPB avant la lettre, Marina Lima é matriz de muita coisa que está aí.
É mãe de muitas dessas vozes, de muitos desses sons: "mãe, tô grávida", já dizia, "grávida de um beija-flor". Hoje há dezenas, talvez centenas de beija-flores gerados também por ti, Marina. Tu que nos fundaste no que somos: ex-pós-modernos nostálgicos de uma modernidade perdida.
Caetano, mais uma vez, também soube ver-ouvir Marina. E quis explicitar, como sempre. Sublinhando seu lado compositora e a parceria com o seu irmão filósofo Antonio Cicero. Hoje quem lembra é o DJ Zé Pedro que a homenageia no selo Joia Moderna, em um disco de regravações de canções lado b cantadas pelas cantoras da Nova MPB.
Também é preciso voltar aos discos da Marina. Surpreende encontrar canções tão inteligentes, poéticas, femininas, naquele clima de rádio pop dos anos oitenta. Veneno e poesia.
Fica a dica.
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