segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Marina Lima

"...Eu sei, criança, eu sei...", "...meu bem, eu tô quase lá...".

Marina era das coisas mais interessantes que se ouvia nas rádios comercias do Brasil nos anos oitenta. Nova MPB avant la lettre, Marina Lima é matriz de muita coisa que está aí.

É mãe de muitas dessas vozes, de muitos desses sons: "mãe, tô grávida", já dizia, "grávida de um beija-flor". Hoje há dezenas, talvez centenas de beija-flores gerados também por ti, Marina. Tu que nos fundaste no que  somos: ex-pós-modernos nostálgicos de uma modernidade perdida.

Caetano, mais uma vez,  também soube ver-ouvir Marina. E quis explicitar, como sempre. Sublinhando seu lado compositora e a parceria com o seu irmão filósofo Antonio Cicero. Hoje quem lembra é o DJ Zé Pedro que a homenageia no selo Joia Moderna, em um disco de regravações de canções lado b cantadas pelas cantoras da Nova MPB.

Também é preciso voltar aos discos da Marina. Surpreende encontrar canções tão inteligentes, poéticas, femininas, naquele clima de rádio pop dos anos oitenta. Veneno e poesia.
Fica a dica.

Nenhum comentário:

Postar um comentário