Marisa Monte pode. Ela que em 1994 acendia as luzes negras de Lou Reed em pleno verde-amarelismo de 1994, ao gravar Pale Blue Eyes, do clássico álbum Velvet Underground e Nico de 1967. Não por acaso, seu disco chamava-se Verde, Anil, Amarelo, Cor de Rosa e Carvão. Na quinta faixa vem esse petardo. Gravação histórica, serena, refinada, encantadora. É a canção que apresentou Lou Reed a muitas cabecinhas da nova geração. A primeira vez que ouvi alguma coisa de Lou Reed, certamente, foi pela boca de Marisa Monte.
Os discos de Marisa Monte trouxeram novos ares à musica popular brasileira. Outra onda, outras questões, outras canções, outros compositores, sempre em interpretações irrepreensíveis. Interprete de primeiríssima linha, Marisa irá despertar também a atenção dos músicos que reconheciam prontamente o seu talento, o encanto e a beleza de sua voz de sereia. Marisa toca com eles, vai à Portela e se vai... Depois volta, brilha luzidia, sempre grande, forte e feminina. Marisa Monte, uma dádiva desde o final dos anos 80, é sempre bem-vinda, sempre que quiser voltar.
Vê-la cantando no Circo com Caetano...Pensar em vê-los...Momento lindo em que, acima de tudo, somos todos Amarildo.
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