quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Marisa Monte canta Lou Reed

Não é uma notícia, é um fato. Não é de hoje, nem de ontem, Marisa Monte canta Lou Reed. E assim o fez, e quase não vi, porque não pude ir ao show de ontem que reuniu Caetano Veloso e Marisa Monte no Circo Voador num show beneficente em prol da família do assistente de pedreiro Amarildo assassinado neste ano por policiais militares da UPP da Rocinha.

Marisa Monte pode. Ela que em 1994 acendia as luzes negras de Lou Reed em pleno verde-amarelismo de 1994, ao gravar Pale Blue Eyes, do clássico álbum Velvet Underground e Nico de 1967. Não por acaso, seu disco chamava-se Verde, Anil, Amarelo, Cor de Rosa e Carvão. Na quinta faixa vem esse petardo. Gravação histórica, serena, refinada, encantadora. É a canção que apresentou Lou Reed a muitas cabecinhas da nova geração. A primeira vez que ouvi alguma coisa de Lou Reed, certamente, foi pela boca de Marisa Monte.

Os discos de Marisa Monte trouxeram novos ares à musica popular brasileira. Outra onda, outras questões, outras canções, outros compositores, sempre em interpretações irrepreensíveis. Interprete de primeiríssima linha, Marisa irá despertar também a atenção dos músicos que reconheciam prontamente o seu talento, o encanto e a beleza de sua voz de sereia. Marisa toca com eles, vai à Portela e se vai... Depois volta, brilha luzidia, sempre grande, forte e feminina. Marisa Monte, uma dádiva desde o final dos anos 80,  é sempre bem-vinda, sempre que quiser voltar.

Vê-la cantando no Circo com Caetano...Pensar em vê-los...Momento lindo em que, acima de tudo, somos todos Amarildo.

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